Thursday, December 14, 2006

Troçar de quem nos protege


No correio da manhã em 14-12-2006:
Os 640 estagiários da GNR, colocados em postos de norte a sul do País, batem o dente de frio porque não têm a farda completa. Terminaram o curso de formação de praças, em Novembro, no Agrupamento de Instrução de Portalegre da GNR, chegaram em Dezembro aos postos onde foram colocados para prestar serviço sem blusões de Inverno. O Comando Geral da Guarda justifica o caso com uma ruptura do ‘stock’.
Então, aquela pujança toda por parte do Comando Geral para acabar com as manifestações?

Wednesday, December 13, 2006

Taizé

Tudo começou em 1940, quando o irmão Roger, com 25 anos de idade, deixou o seu país de origem, a Suíça, para ir viver em França, país de sua mãe. Quando era mais novo, tinha estado imobilizado durante vários anos devido a uma tuberculose pulmonar. Durante esta longa doença, tinha amadurecido em si o chamamento para criar uma comunidade onde a simplicidade e a bondade do coração seriam vividas como realidades essenciais do Evangelho.

No momento em que começou a Segunda Guerra mundial, tal como a sua avó tinha feito durante a Primeira Guerra mundial, entendeu que deveria vir imediatamente em ajuda daqueles que atravessavam a dura provação da guerra. A pequena aldeia de Taizé, onde se fixou, ficava muito próxima da linha de demarcação que cortava a França em duas partes: estava bem situado para acolher refugiados fugidos da guerra. Amigos de Lyon ficaram reconhecidos por poderem indicar a aldeia de Taizé aos que tinham necessidade de refúgio.

Em Taizé, por um módico preço, o irmão Roger tinha comprado uma casa, abandonada desde à muitos anos, com as suas dependências. Pediu a uma das suas irmãs, Geneviève, para vir ajudar no acolhimento. Entre os refugiados a quem deram abrigo, havia também judeus. Os meios materiais eram pobres. Sem água corrente, iam buscar água potável ao poço da aldeia. A comida era modesta, em particular as sopas feitas com farinha de trigo comprada num moinho vizinho a baixo preço.

Por respeito para com aqueles que acolhiam, o irmão Roger rezava sozinho. Frequentemente ia cantar para longe de casa, no bosque. Para que alguns dos refugiados, judeus ou agnósticos, não ficassem constrangidos, Geneviève explicava a todos que era melhor que, quem quisesse, rezasse sozinho no seu quarto.

Os pais do irmão Roger, sabendo que o seu filho e a irmã se estavam a expor, pediram a um amigo da família, um oficial francês reformado, para olhar por eles, o que ele fez com diligência.

No Outono de 1942, ele avisou-os de que tinham sido descobertos e de que todos deveriam partir sem demora. O irmão Roger pôde voltar em 1944: nessa altura, não voltou sozinho; alguns irmão tinha-se entretanto reunido a ele e, em conjunto, tinham começado uma vida comum que continuou assim em Taizé.

Em 1945, um jovem da região fundou uma associação para cuidar das crianças que a guerra tinha deixado sem família. Propôs aos irmãos acolherem alguns em Taizé. Uma comunidade de homens não podia receber crianças. Então o irmão Roger pediu a sua irmã Geneviève para voltar a Taizé para se ocupar delas e tornar-se sua mãe. Aos domingos, os irmãos acolhiam também os prisioneiros de guerra alemães, internados num campo próximo de Taizé.
Aos poucos, alguns jovens vieram juntar-se aos primeiros irmãos, e, no dia de Páscoa de 1949, comprometeram-se em conjunto numa vida de celibato, comunitária, de uma grande simplicidade, para toda a vida.

Hoje, a comunidade de Taizé reúne uma centena de irmãos, católicos e de diversas origens evangélicas, vindos de mais de vinco cinco países. Através da sua própria existência, a comunidade procura ser um sinal concreto de reconciliação entre os cristãos divididos e os povos separados.